1ª foto da emigraçom català

Estampas dende o Principat

Começa umha nova experiência vital, longe do país, vivendo umha realidade já quase inerente ao nosso povo como é a emigraçom. As reflexons nascidas naquela altura e as comparaçons som pequenas pingas das linhas que a continuaçom venhem.

Referência da imagem: Fotografia tomada polo autor, a primeira à sua chegada a Barcelona, de umha faixa em apoio ao anarquista galego de Mós, Gabriel Pombo da Silva.

Hoje, día 7 d’Outubro do 2021 escrevo dende Catalunya, a escassos metros do coraçom do Raval. Ontem, a mui poucos metros da nossa rua houvo umha peleja que rematou em morte. Umha facada. Dende que chegamos nom deixo de fazer comparaçons entre a vida alí, na Galiza, e a vida na Cidade Condal.

Viver no bairro mais multi-cultural, onde estám presentes muitos povos do mundo, em
especial do continente asiático e africano, nom me fai sentir tam fora de lugar, som simplesmente outro migrante mais, numha terra alheia, que pesquisa trabalhar e adaptar-se à nova realidade.
Nestas já quase que duas semanas que levamos eiqui, atopamos muitos locais de ascendência galega, da emigraçom dos anos 60 e 70. “O Toxo” ou “Folgoso” som alguns exemplos. Também achamos o Centro Galego de Barcelona. Partilha edificio cum hotel, algo que já amossa que nom devem de ir mui bem as cousas. Convidavam mais a entrar os locais galegos que o que se supom é o núcleo de convívio da emigraçom galega na cidade. O ritmo, a dinâmica de vida da gente, é mui rápida, estremadamente individualista, impessoal, onde semelha que cada umha vai ao seu. A cidade, deshumanizaçom dos indivíduos.

Nas rúas acumulam-se pessoas sem teito e o contraste é muito grande. Na Rambla ou no Portal de L’Àngel mira-se o consumismo capitalista junto com pessoas que apenas conseguem comida para passar o dia. Tudo está em català, os nomes das ruas, das tendas e dos portais. Assim mesmo, as lojas cujos propietários som de fora do Estado Espanhol, tenhem tudo em català, marcando umha grande diferência com respeito à Galiza. Eiqui as pessoas migrantes som quem de adaptar-se à realidade linguística do povo no qual habitam, entendendo que existe umha língua própria diferente da oficial do Estado em questom. Isso produz-me enveja, na Galiza a luita por viver em galego na própria terra é pura militância, peleja constante as 24 horas do día e os 7 días da semana.

O Bon Preu, a cadeia de supermercados que viria a ser coma o Gadis ou o Froiz, tem tudo em català. Abraia observar como marcas galegas tenhem a súa etiquetagem em català quando na Galiza nom som quem de superar o monolinguismo em castelhano. Andando por Barcelona sentes que estás num país normaliçado. É bem lindo escuitar o dariya, o urdu ou o hindi e a muda ao català quando se unem catalans à conversa. Nom existe nengum tipo de conflito, algo que para nós, neofalantes galegos urbanos, é mui pouco habitual, tam afeitos a escuitar aquilo de “y porqué hablas gallego” e o sempre presente “tú eres del Bloque no?”.

A minha atitude, ética, moral e política fronte à vida, e a minha posiçom política libertária e internacionalista, leva-me também a olhar com preocupaçom certas cousas que miro neste país.
Quando se fala da nossa suposta desaceleraçom na luita pola libertaçom nacional com respeito a Euskal Herria e ao Principat (que nom ao conjunto dos Països Catalans), e se alude à nossa falha duma burguesia nacional, entram-me muitas dúvidas, as quais acrescentam ao olhar cousas que eiqui passam.

Chama muito a atençom que existam tendas e restaurantes de lujo em català, e que ao lado destes durmam pessoas sem teito, na mais absoluta das misérias; chama a atençom que o governo da Generalitat, dende a “Transiçom Democrática”, com executivo de CiU e da burguesia català, conte cum Servei Català de Salut mais dolent, de menos qualidade e mais privatizado, que o nosso SERGAS, que já é muito dizer. Penso que, a parte da sociedade galega que acredita no seu próprio povo, que luita contra o auto-ódio, devera sentir-se orgulhosa de que no político-cultural, no plano sindical, e em boa parte do tecido associativo, tenhamos a hegemonia e sejamos referência.

O estigma de que o català é o idioma da burguesia segue vigente, e é em parte correto.
Pola contra, a nossa é a língua do povo, é o povo quem a mantivo e mantém. Nós, as de abaixo, quem mais luitamos por ela. Muitas vezes desde o soberanismo galego tendemos à negatividade em tudo-los aspectos, qué mal está a língua, as jovens já nom a falam, o auto-ódio segue presente, continuam os estigmas… Quando no fundo, o que temos que fazer é ponher em valor tudo o que temos, as nossas vitórias, que semelham pequenas mais nom o som. A nossa cegueira, levada polo eterno derrotismo, fai que envejemos outras situaçons internacionais, as quais a maioria das vezes estám sobre-dimensionadas, e que desprezemos tudo quanto temos e tudo polo qual se luitou, geraçons e geraçons de galegos e galegas que brigárom pola terra e que derom o milhor das suas vidas por defendê-lo seu povo.

Agora é à nossa geraçom à que lhe toca continuar na luita. No contexto político, ao qual me pudem achegar nas diferentes mobilizaçons das que participei até o momento, pôde-se observar a diferença geracional com respeito à Galiza. No Principat, a quantidade de gente soberanista maior de 70 anos nas mobilizaçons é brutal. Para nós é mui chocante, já que na Galiza quanto mais baixamos na franja de idade, maior é a porcentagem. Dende que comecei a militar, sempre botei em falha esse apoio, essa reserva da gente maior para que a mocidade nom se veja abocada a carregar com tudo, coa luita, coas convocatórias, có trabalho prévio… E isso por desgraça é a nossa realidade no soberanismo galego, a poli-militância que queima e desgasta como poucas cousas, e que fai que quando chegam aos trinta, prefira-se apartar a luita, em nom poucos casos de forma definitiva, e que cada geraçom colha a testemunha dum sonho abandonado. Nom importa o tempo, é o nosso dever apoiar à nova rapazada que venha, que luitará com a mesma raiva e dignidade com a que a nossa e as anteriores combatêrom.

Vou entendendo essa palavra tam nossa que se diz morrinha. Boto de menos chantar um pé na veiga, já que como dixo Laxeiro, qualquer galego, até o mais urbanita de Vigo ou de Corunha, nom têm mais que andar um pouquinho e pôr a man na terra. O minifúndio à faltar na imensidade da jungla de asfalto.

O Tibidado está longe, mira-se alá ao fundo, e sem desmerecer o monte mediterráneo, nom há como O Seixo, o Cando e as rotas com os amigos e amigas polo país adiante que fôrom sempre um sopro de ledicia e de força, para reafirmar-se mais no convencimento de que a Galiza é muito, muito grande, e muito linda. Fecho este longo e misturado feixe de ideias coa copla final de umha das cançons que
escuitei estes días, tentando atar a morrinha em curto para que nom me supere e que diz deste
jeito:

Moços da terra emigrante,
Da Galiza generosa,
Nom deixemos que nos roubem,
A Pátria do povo a nossa! 

Autor

  • Vítor Sanches

    Historiador pola USC. Internacionalista. Militante em diversos coletivos político-culturais. Apaixonado pola história contemporânea e a filologia.

Cóntao ao mundo
Esta web utiliza cookies propias para o seu correcto funcionamento. Ao facer clic no botón aceptar, acepta o uso destas tecnoloxías e o procesamento dos teus datos para estes propósitos.   
Privacidad